Verde na Corda Bamba

domingo, 23 de março de 2008

Aquelas Cartas...

As Cartas de Amor...

No começo não se tratavam de Amor...eram Cartas "tiro ao alvo"... (e se não foi bem assim?)

(O alvo era forte, distante, frio, emproado...
Mas as lanças eram afiadas, crueis na persuasão mas doces no toque...eram a brisa que eu necessitava para conhecer mais de mim...)

Foram cartas seguidas umas atrás de outras, todas elas com respostas... A medo deixei-me ir na musicalidade dos desvaneios da paixão...(Que Paixão...ah!! Daquelas em que a própria dormência dói...)

Eu sabia...desde o primeiro momento que este não seria o caminho mais redondo no aconchego das culpas provindas desses nossos valores...(que ora num dia são de marfim ora noutro são a ferrugem fustigada)...

Mas segui-te...

Segui-te repetidamente mas cegamente percebes? Mas uma cegueira consciente... (iludidamente consciente....existe?)

(existe)

hoje o alvo é em parte a soma de inseguranças, de amar refugiadamente, de dúvidas, de (in)tolerâncias, de fragilidades, de medos, de gritos mudos, do tempo...

Quero que as "palavras fiquem gastas"!

Quero o verdadeiro Adeus!

(ainda guardo as cartas de amor)

Posso dizer Adeus... mas não quer dizer que tenha perdido parte do meu retrato de memórias!