Porque nos amamos com tanto medo?
Será o amor um efluente que é deitado à Ribeira, para ser escondido de toda a gente?
Mas é impossivel esconder este efluente, há nele o cheiro perdido, o cheiro intenso provido de gestos lameados, gestos a saber a maresia doce!
Porquê esconde-los?
Já nem uma simples Ribeira pode trespassa-lo nas suas águas... são distintos...
(a água e o amor).
Que medo será este, que nos prende na margem e que transforma a nossa beira num sitio álgido...porquê tanto medo se este amor é o alicerçar de uma vida!
Será porque se passarmos pela vida sobre a forma deste amor, na "hora da partida" será mais cruel o descolar, será mais cruel a despedida?
Ou...por termos vivido o pleno, voamos até ao "outro lado do caminho" sem mágoa de deixarmos a Vida? (O amor vai connosco)
(Tudo que nos faz feliz, tem sempre uma vertente dúbia)
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Amor...estás aí? Promestes-me que acaso eu queira esconder-me de ti, tu vais me procurar, e que vais correr de árvore em árvore até me encontrares? Promete... vá lá!
ás vezes também tenho medo...
vá lá...promestes?
Manda cumprimentos à Paíxão, diz a ela que também tenho saudades...
Ah...se encontrares o Platónico diz a ele...que realmente ele não se tem esquecido de mim, manda lhe abraços meus...que grande camarada esse...
Beijinhos e manda a solidão eterna embora!
Verde na Corda Bamba