Verde na Corda Bamba
domingo, 28 de dezembro de 2008
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
Terramoto...
que por mares e tormentas vi a miséria das cruéis palavras.
Que vi fomes de espírito e ausências inegáveis.
Vi solidão e silêncio.
Ouvi poetas e fados.
Ouvi o choro e a gargalhada.
Ouvi vos em brando lume.
Provei o sal dessas terras batidas,
dos doces espelhados em padrões culturais,
e provei a boa memória antiga.
E ao provar...senti no toque ,
carinhos embutidos na vossa essência.
Esse toque de mão enrugadamente aconchegante...
Aliado de um cheiro bom, são...
"Cheira a rosas Senhor, Cheira a rosas"...
E porque vi, ouvi, toquei e cheirei...
E porque senti tudo à flor mais intima da pele...
Apraz me dizer, que ao fim duma lânguida jornada, continuo Viva e Presente!
domingo, 21 de dezembro de 2008
Naturalmente Bamba...
Tão fina, tão insegura...
Bamba,
Terrivelmente bamba...
Escassa,
De troncos anavalhados,
De musgos baços ...
Trapezista,
naturalmente trapezista...
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Conivência...do Vazio
Saberei perfeitamente descrever o que me falta...
Um debate(s) intelectual,
Uma conversa (conversas) reversível,
Uma música partilhada,
Um corpo com mais alma,
Mais do que um artificialismo relacional,
Uma vontade mesmo quando distantes...
Algo falta...
Talvez a perseverança torne-se ridícula...
Inflexível?
Exigente?
Não!
Chama-se a conivência do Vazio....
sábado, 7 de junho de 2008
Cada Amor, sua Sentença!
Outros ficam distantes a recebê-lo,
Outros a desejá-lo,
Outros ainda a suprimi-lo,
Uns a dá-lo cegamente,
Outros a recebê-lo esfuziantemente,
Outros ainda a recebê-lo fugazmente,
Uns a não pedirem Amor, mas a quererem-no sufucantemente,
Outros a recebê-lo contrariados,
Ainda outros a fingirem que não são de cá,
E outros a viverem uma ilusão,
Uns a amarem em pleno,
E outros em plena dúvida,
Uns assustados com o que fazer com esse Amor,
Outros ciosos por deitá-lo fora,
Uns a derrubarem constantes desafios para vê-lo,
E outros a escorregarem por tê-lo,
Ainda outros a fugir das suas consequências,
E outros a apanha-lo do ar, da utopia, da platónia...
E depois disto meus amigos....
Digam lá se o Amor não tem tantas caras!!!!?
quinta-feira, 5 de junho de 2008
4 Palavras Apenas
Alguém no seu alto saber,
Alguém por quem eu sinto um grande carinho,
Alguém que faz jus às suas palavras, e por isso mesmo, tem toda a minha confiança disse:
Paciência...Força de vontade...Compreensão...e acima de tudo Confiança no outro... !
Disseste tudo,
Não tenho mais palavras,
Desmontaste-me num segundo apenas...
terça-feira, 3 de junho de 2008
quinta-feira, 29 de maio de 2008
Com Carinho...
quarta-feira, 28 de maio de 2008
Pensamentos
doente?
fugir?
Não mastiguem o que já esta mastigado....
Pensamento
E se não te souberem responder...
No minimo é grave!
No máximo é o fim!
Pensamento
segunda-feira, 26 de maio de 2008
INSÓNIA DUVIDOSA
Não consigo dormir.
Porque sei que errei.
Mas de uma forma perversa, terrivel, manipulativa.
Tornei-me no bicho mais medonho, asqueroso...
Quem sois vós afinal?
Alguém que perdeu o sentido da realidade?
Alguém que duvidou de si próprio?
Alguém com a pele velha, desmontada...revestida de escamas nauseabundas...
Ah...como errei!!! Como magoei, quem não tinha de ser magoado...Como duvidei....
Talvez o erro não fora duvidar (quem não duvida...?)
O erro foi na forma como duvidei,
na forma como quiz tirar as dúvias...
Foi de uma forma doentia...
Sinto-me doente, perdidamente doente...
Sem cama, sem chão, sem tecto, sem coração...
Nada tenho mais...se não que a minha própria sombra.
Sombra pintada em negro...
Que animal é este?
Que cava a sua própria dor?
Que fiz de mim?
No que me tornei?
Quem magoei...
Quem feri?
Sim... medi consequências, mas rapidamente as esqueci...
Deixei-me embeber pela minha falsa fé nos humanos, na fé em mim...
Que perverso o meu Ser, a minha forma de Vida...
Eu sou esta?
Diz-me, diz-me, diz-me....Foi nisto que me tornei? Foi?
Deva pensar que me curo com a minha própria dor? Deva?
Que faça?
Tenho vontade de fugir...foi o que sempre fiz de melhor, ou talvez não...e por não ter fugido, acumulei restos podres de mim...só de mim...
Mas como poderei encarar quem magoei...
(Não não consigo)
Nada será vivido da mesma forma!
Nada será ouvido com o mesmo carinho!
Nada será retribuído com tamanha devoção!
Nada será como foi...
E isso devora-me...
Perdi...
Porque quiz perder
Porque tinha de aprender
Porque não podia continuar a ser levada pelo ar...
Aqui já não o retorno de nada, não há amor...
Só a prata que me mata,
a prata que fere...
Olha para aquilo em que te tornaste, Margarida?
Era mesmo preciso?
Não te continhas com a tamanha bondade da pessoa...de não duvidar de ti, de não desistir de ti...
Não desistiu...
E tu? O que fizeste?
Eu?
Eu enlancei-me em mares perdidos...
Desculpa-me....(que palavra vaga, para a especificidade e gravidade da situação)
Mas desculpa-me por...não ter sabido o que eras para mim verdadeiramente!
Sei o que faça!
Boa noite eu vou com as AVES! E a vergonha vai comigo...que seria ela sem mim?
margarida mendes (este é o meu verdadeiro nome)
quarta-feira, 21 de maio de 2008
LOUCOS
(A meu lado estão o Kiko e a Marie; ele tem bico vermelho; ela bico laranja. O Kiko está ligeiramente com mais sono do que a Marie)
E eu estou completamente acordada...
(O Kiko e a Marie olham por momentos para as cores do computador...saberão ler? Talvez ainda não...)
Eu sei ler...agora juntar as palavras e fazer um texto fantástico parece-me pouco provável. (Por Hoje)
(Eles podiam estar no poleiro numa direcção completamente diferente da minha...Mas estão virados para lado da minha existência)
Tamanha a minha presunção...(Eu sei)
(Às vezes quando canto o Kiko manda-me calar... A Marie é fémea, ou seja, é mais calma...paciente... E eu admiro isso nela...Tem jeito para lidar com o Kiko.)
Já eu...sou o poço escuro...
Gostava que eles gostassem de mim...
Sinto-me pequenina ao pé deles...
Confesso...
Se calhar sinto me pequenina em todo o meu ser...
Eu comecei por dizer que esta conversa não ía ser dificil....
Disse também que o Kiko tinha ligeiramente mais sono do que a Marie
E disse que eu estava completamente acordada...
Agora sinto...
sinto...
sinto...
sinto-me
DORMENTE
quinta-feira, 27 de março de 2008
Transcrevendo Bruno Nogueira
"De tudo o que me faz pensar, há uma coisa que me atropela a cabeça.
A idade.
Não a minha, a deles. Há qualquer coisa que rasga.
Choram-me as estatísticas que eu estarei cá quando os meus pais não estiverem.
Muito nublado, bem sei. Mas real.Posso tê-los agora, e abraçá-los com a carne que me deram, mas...e depois?
Vejo-lhes os anos na pele e a pele dá-me saudades.
Saudades do que não vou ter. É a lei da vida, e todas as frases feitas que pregarem nas paredes.
Mas a saúde teima em ir à sua vida cedo demais.
Não a deles, a das estatísticas.Hoje tenho-os ali.
Visto daqui, dos meus olhos, não envelheceram. Foram emprestando um ou outro ano aos ossos.
Quero o meu pai a ficar envergonhado quando diz "gosto muito de ti filho" e a minha mãe com gotas de amor a marcar passo nos olhos quando diz "gosto muito de ti filho, nunca te esqueças disso" Nunca te esqueças disso.
E depois, o que fica?As memórias não são de carne, são de lágrimas. E essas custam mais a abraçar.Há qualquer coisa que rasga, eu bem disse.
Sei que estão na casa dos sessentas.
Mais precisão do que essa acelera-me o sangue."São novos".
E porque é que não ficam sempre assim?Atrasem o relógio quarenta anos, vá lá. Só desta vez, ninguém vai dizer nada à terra.
Apetece deixar cair uma pedra na roda dentada e parar tudo.
A assobiar, para não ter de prestar contas.
A palavra filho é patente deles. Quando a dizem há uma manta que protege o coração até cima.
Depois da estatística fica só o coração e a manta enrolada aos pés. Podemos sempre puxá-la, mas nunca mais vai tapar tudo.
E não, nunca me esqueço disso."
EU NÃO FARIA MELHOR. OBRIGADA BRUNO!
Tenho 23 anos e um mês e pico de vivência. (Coisa pouca) nasci na minha Lisboa, portanto Alfacinha de gema!
Bom....até aqui, parece-me uma apresentação perfeitamente normal...
Mas ok, podia também começar a minha apresentação com mais algum ingrediente do tipo:
"Olá eu Chamo-me Margarida Mendes, tenho 23 anos, nasci na grande Lisboa e auto-intitulei por ter períodos de grandes travadinhas".
E pronto....ora aí está um grande erro!
Se já é tão dificil limpar a imagem que os OUTROS têm de nós, imaginem quando somos nós próprios a escrever o letreiro na testa.
Fuuu ESQUECE- estamos tramados....(tramados como o Sá Carneiro)
Sabem aquela sensação de ver na cara das pessoas aquele pensamento:
"- ooou ooou oou lá vem aí balão.....ai melher... já lhe está a dar a travadinha!"
(E com cara de grande descontracção pensam:"coitada, agora percebo porque não consegue ter relacionamentos afectivos essencialmente com o sexo oposto")
Desvalorizem-me, va!
Condenem-me, va!
Não é o que ando a fazer em todas as minhas relações...?
E porque intitulei-me, tomaram me como certa as travadinhas...va...façam isso...e veremos!!!
OU,
Quem sabe se preciso de encontrar alguém como eu...e que na hora da sua travadinha eu veja o ridículo a que me tenho dado...
Mas a Margarida que eu conheço, (e olhem somos unha com carne)....é muito mais que isto!
Obrigada!
Voltem sempre!
terça-feira, 25 de março de 2008
domingo, 23 de março de 2008
Aquelas Cartas...
No começo não se tratavam de Amor...eram Cartas "tiro ao alvo"... (e se não foi bem assim?)
(O alvo era forte, distante, frio, emproado...
Mas as lanças eram afiadas, crueis na persuasão mas doces no toque...eram a brisa que eu necessitava para conhecer mais de mim...)
Foram cartas seguidas umas atrás de outras, todas elas com respostas... A medo deixei-me ir na musicalidade dos desvaneios da paixão...(Que Paixão...ah!! Daquelas em que a própria dormência dói...)
Eu sabia...desde o primeiro momento que este não seria o caminho mais redondo no aconchego das culpas provindas desses nossos valores...(que ora num dia são de marfim ora noutro são a ferrugem fustigada)...
Mas segui-te...
Segui-te repetidamente mas cegamente percebes? Mas uma cegueira consciente... (iludidamente consciente....existe?)
(existe)
hoje o alvo é em parte a soma de inseguranças, de amar refugiadamente, de dúvidas, de (in)tolerâncias, de fragilidades, de medos, de gritos mudos, do tempo...
Quero que as "palavras fiquem gastas"!
Quero o verdadeiro Adeus!
(ainda guardo as cartas de amor)
Posso dizer Adeus... mas não quer dizer que tenha perdido parte do meu retrato de memórias!
sexta-feira, 21 de março de 2008
Observar Humanos (relativamente)
Será 6 meses... um pouco mais, ou um pouco menos, o verdadeiro esquecimento de quem se amou, de quem viveu para acordar e lembrar-se da sua outra margem...?
Será 6 meses... um pico acima, ou um pico abaixo, o espaço em branco necessário para se apaixonar verdadeiramente por outra pessoa...
Será que o período de vazio consegue apagar "tempo vivido", "tempo amado", "tempo descoberto", "tempo de amar e ser amado"?
Mesmo que algumas coisas não tenham corrido bem... (há sempre coisas que não correm bem...)
E se as histórias não terminaram?
(OS OLHOS não mentem, o que mente são as palavras)...
Há lugares vividos que não se esquecem...
Apenas observo as almas, e junto os pedaços de histórias... que não sendo todas iguais...há nelas laços em comum.
Apesar das mágoas continuo a preferir ver os amantes verdadeiros unidos!
(Chamem me de Louca)
já não interessa se sou...
ass: Observadora Participante
terça-feira, 11 de março de 2008
domingo, 2 de março de 2008
Tudo tão pouco pouquinho...
foram poucos dias,
poucas modificações,
poucas manifestações,
mas tanta, tanta, tanta....
Instabilidade!
Acreditar nisso a que tu chamas intuição...
Não será cruel não acreditar, que podemos ter razão em tamanhos surtos de loucura?
sábado, 1 de março de 2008
5 MANTINAS
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OH FILHA DORME QU ISSO PASSA.....
SE NÃO FOR DE MANSINHO É DE LIGEIRINHO!
Pouca terra.....uuuhhhh
E eu o que fiz?
vÁ que fiz?
Deambulei e não subi...
Esperei crescer para ter forças para me mover sem vapor....
cRESCI....
E as forças?
Diminuiram com o dia e enterraram se com a Noite!
Erro crasss
Gerir Pessoas
Redes Sociais
Optimização
Ética Vivêncial
Amizade versus Amor
Pensamento Disfuncional
Adaptação
chegar a casa e ver a vida num alguidar de roupa mal lavada....
chegar e sentir a crise da identidade perdida
ver que para além e dentro de mim, existe todo um passado laboratorial
Que me dizem aquilo que pensava não ser, ou aparentemente pensava não transparecer....
mas sim....
prolongo o meu próprio flagelo...
casto-me!